Mais um review machista e reacionário para mais um filme machista e reacionário!
Desta vez, o filme se baseia nos escritos reais e detalhados sobre os povos nórdicos. Descrito pelo Árabe Ahmad Ibn Fadlan Ibn Al-Abbas Ibn Rasid Ibn Hammad que percorreu o norte da Europa por volta do Século X. O filme mistura elementos culturais Islãmicos e Nórdicos. Valendo uma boa conferida!
O 13º Guerreiro (The 13th Warrior 1999)
Dirigido por John McTiernan
Escrito William Wisher Jr. e Warren Lewis.
Baseado nos escritos de Ahmad ibn Fadlan e no livro Eaters of the Dead de Michael Crichton.
Para começar este texto, primeiro vou corrigir o erro histórico que é chamar todos os povos Nórdicos de Vikings. Afirmar isso é tão errado quanto dizer que todo carioca é assaltante ou que todo nordestino é cangaceiro. Ser um Viking significa ser um pirata. Significa atacar, saquear e colocar fogo em cidades inteiras. E nem todos os Nórdicos faziam isso. Justamente por serem inúmeros povos diferentes...
A história começa sendo contada pelo Árabe Ahmad Ibn Fadlan (Antonio Banderas), que era um homem bem estudado sobre o mundo, porém caiu em desgraça ao se engraçar com a escrava islâmica alheia. Sendo caguetado pelo marido corno para o Califa, foi condenado ao exílio trabalhando como embaixador nas terras do norte da Europa. Onde iria ingressar em uma jornada de aprendizado, aventuras e intercambio para com o califado. Tudo para aprender a não ser besta!
Acompanhado então pela participação especial de Omar Sharif, Ahmad Ibn Fadlan acaba chegando a um acampamento de grandes guerreiros nórdicos e acompanhando um funeral Nórdico para um Rei. Sendo uma descrição histórica precisa dos antigos funerais.
O corpo do Rei é colocado em um navio com seus pertences pessoais. Que podem incluir armadura, espada, escudo e até dinheiro se assim os parentes deixarem. Vale lembrar que os próprios navios eram caríssimos e que um funeral nórdicos em um navio dragão era símbolo máximo de status assim como de carinho. O que vale lembrar também é que um dos costumes mais antigos era o do sacrifício voluntário de uma mulher que queira acompanhar o Rei para os salões de Valhalla. Isso pois, os nórdicos tinham sim sacrifícios humanos!
O sacrifício da jovem deveria ser voluntário para permitir a sua entrada em Valhalla. E uma vez aceito, ela passaria a noite toda sendo mimada com todos os prazeres e delicias que os guerreiros poderem dar a ela. Desde toda a comida e bebida que quiser até poder se relacionar com todo guerreiro de modo que ela possa partir desta vida completamente satisfeita. S-a-t-i-s-f-e-i-t-a!
E então, na hora de seu sacrificio, seria feita a oração para os deuses nórdicos e ela seria sacrificada pelo Anjo da Morte. Que é o nome que davam as sacerdotisas que desempenhavam o mais alto papel religioso da religião Nórdica.
O Machismo Nórdico
Mais tarde, um jovem chega ao acampamento pedindo a ajuda do principe Buliwyf (Interpretado por Vladimir Kulich) para defender um reino de um horror tão aterrorizante que até os mais bravos tem medo de mencionar o seu nome. E o Anjo da Morte teria que então rolar os ossos para decifrar a mensagem do outro mundo sobre quem deveria ir nesta missão. E o resultado seria que 13 guerreiros deveriam defender aquele reino.
E é então que o próprio príncipe Buliwyf que se apresenta como o 1º Guerreiro a enfrentar este desafio. E sim, isso é Machismo! Pois se trata de homens aceitando um desafio mortal para defender um reino. Comportamento heroico que definiu o comportamento de macho!
Seguido pelo príncipe, outros guerreiros então decidiram por se prontificarem para a missão. Incluindo Herger (Dennis Storhoi), o guerreiro espirituoso que se tornará amigo de Ahmad Ibn Fadlan. E para completar, a oraculo afirma que o último guerreiro não deveria ser do Norte, sobrando para Ahmad Ibn Fadlan o papel de 13º guerreiro em uma missão suicida.
Quando mundos se chocam
Ahmad Ibn Fadlan acaba então sozinho em uma terra estrangeira, sem falar a língua nórdica e ainda por cima em uma missão suicida. O que descreve perfeitamente a definição de jornada do herói!
Jornada que envolve desenvolvimento pessoal de estudos, de aprender sobre o mundo assim como envolve aventuras e experiências em combate. Uma jornada pessoal que muda e define o carater dos homens desde sempre. Lógico que isso significa que Ahmad Ibn Fadlan deverá aprender a ser um guerreiro. Mas não sem antes os nórdicos decidirem chama-lo de Eban, pela zueira e pelo prazer de encurtar seu nome!
A começar pelo cavalo Árabe, que de tão pequeno acaba sendo confundido com um cachorro.
Mas viajando por dias e dias com seus companheiros nórdicos, Eban acaba aprendendo a sua língua apenas prestando muita atenção em seus diálogos. E embora o filme faça parecer como inverossímil, era exatamente assim que muitos viajantes faziam na época. Lógico, não ficava tão perfeito como no filme, mas funcionava...
A dinâmica entre o choque entre as culturas permeia o filme todo.
Coragem, responsabilidade e honra.
Nada define melhor o machismo na história da humanidade do que comportamentos de coragem, responsabilidade e honra. Os 13 guerreiros chegam ao Reino do Rei Hrothgar para enfrentar os perigos e defender o reino com suas vidas, se preciso. Enfrentando inimigos que até os mais bravos não ousam falar seu nome.
A primeira ação do grupo é investigar sobre os seus inimigos.
Mas quando uma criança ferida aparece no horizonte, o grupo decide partir em missão de resgate distante. Chegando a uma fazendo que foi atacada e seus habitantes foram devorados vivos. O grupo então, decide montar guarda na cidade protegendo mulheres e crianças de um ataque iminente de inimigos sobrenaturais que só aparecem a noite.
Os devoradores de mortos
Os Wendol são um povo canibal que se identificam completamente como ursos. Usando armas de aparência aproximada com os animais. Sendo temidos por atacar rapidamente e desaparecer levando seus próprios mortos. Mas a característica mais marcante é o fato de devoram as suas vitimas. Atacando e matando indiscriminadamente.
Após uma batalha inicial sangrenta com o grupo de heróis, decidem por fim atacar o reino com tudo o que tem. O que significa dezenas de guerreiros em grandes cenas de batalha...
O sacrifício heroico
Todos os 13 heróis são submetidos a batalhas mortais. Alguns vão morrer e outros iram viver. E embora suas mortes sejam trágicas, elas fazem parte do sacrifício pessoal de cada um para salvar as pessoas do Reino. Cada herói se colocou em uma situação que pode resultar em uma morte horrível e existe toda uma aceitação pelo fato de estarem fazendo aquilo pelo bem estar de seus amigos e das pessoas inocentes.
Ou como disse Herger:
Nosso tempo neste mundo já foi decidido há muito tempo. Pode se esconder se quiser, mas não viverá um segundo a mais. Não adianta ter medo!
Vale muito a pena ver ou rever este filme hoje em dia. Pena que eu não pretendo contar o final só pra deixar meus 5 leitores com mais vontade de assistir este filme...
Porém, este artigo receberá um bom update nas próximas horas...
quinta-feira, 28 de julho de 2016
quarta-feira, 27 de julho de 2016
quinta-feira, 21 de julho de 2016
O Estranho Sem Nome
Clint Eastwood, porra!
Interpretando seu primeiro personagem icônico criado por Sergio Leone em um filme dirigido pelo próprio Eastwood! Um pistoleiro sem nome de moral completamente duvidável!
Mais um review machista para um filme machista deste grande ator e diretor!
O Estranho Sem Nome (High Plains Drifter 1973)
Dirigido por Clint Eastwood
Escrito por Ernest Tidyman
O começo deste filme é espetacular pela grande criação de suspense e simplicidade!
Tudo porque apenas mostra o personagem de Eastwood simplesmente andando a cavalo pelo deserto e chegando a pequena cidade de Lago, Arizona, sob um silencio quase absoluto enquanto podemos ver o olhar de todos os moradores se voltando para o estranho. Podemos ver literalmente quase todo o elenco to filme em uma sequencia onde ninguém se atreve a falar nada.
O silêncio e a beleza da cena só termina quando o estranho personagem de Clint Eastwood adentra o Saloon para pedir uma garrafa de cerveja. Tudo o que ele pediu foi para beber cerveja em paz. O que foi o suficiente para que os únicos três valentões da cidade resolvem tentar conversar com o estranho. Então aquele estranho simplesmente pega a sua garrafa de cerveja e vai para o barbeiro fazer a sua barba e tomar um bom banho quando é seguido novamente pelos únicos três valentões da cidade.
E quando provocado pelos únicos três valentões da cidade, o estranho saca a sua arma e os mata a sangue frio dentro da barbearia! E não contente, após sair do barbeiro, ser empurrado e insultado pela mulher mais bonita da cidade, violentamente a arrasta para um curral onde a estupra!
Bom. Uma das marcas registradas de Clint Eastwood como diretor é fazer os seus espectadores questionarem temas delicados! E este filme abordou estes temas por questionar exatamente a atitude bunda-mole dos habitantes daquela pequena cidade. Então parem de ser bundas-moles e admitam que o Estranho Sem Nome também é um dos Vilões do filme!
O que acontece a seguir é que a cidade decide então pedir ajuda para aquele estranho que matou os três valentões da cidade (e estuprou uma cidadã em plena luz do dia) pelo simples motivo de que aqueles três valentões eram os contratados para proteger a cidade de outros três bandidos piores!
O que não é somente a sinopse de mais um filme onde o herói deve proteger uma cidade de malfeitores, mas sim uma critica ao comportamento bunda-mole que nos rodeia. E é nesta situação que o vilão deita rola!
Os habitantes de Lago abandonaram as suas próprias consciências sobre justiça pelo simples fato de serem uma cambada de bundas-moles que não estão dispostos a se defenderem.
E por isso precisam contratar assassinos e estupradores sem nome. E depender do que eles acharem justo ou não...
Este filme me fez lembrar a França, mas não pela bela paisagem ou pela cultura. Mas pela quantidade de Bundas-moles que não querem se defender do terror. Como se tivessem medo até de ter senso critico!
Voltando ao filme, o conselho da cidade entrou em contato com estranho assassino e estuprador para que ele defendesse a cidade. E uma das cenas mais surreais é o fato de que Callie (a bela atriz Marianna Hill), que foi estuprada no dia anterior adentra a conversa e tenta matar o Estranho pelo que ele fez. E lógico que ela foi impedida e afastada. A cidade perdoou o estupro de Callie, mas não pelo fato de ela dar para todos os bandidos ou pelo fato dela ter gozado gostoso e juntinho com o estranho (E ela gozou gostoso e juntinho); Mas sim pelo fato da cidade de bundas-moles precisarem ser defendidos por um assassino e estuprador sem nome.
E pronto! Bundas-moles perdoam crime hediondos como estupro!
Com medo de se defenderem, os bundas-moles de Lago acabam abrindo mão
de coisas simples. Como justiça, direito a propriedade e da própria noção de democracia...
Por serem todos uns bundas-moles, os cidadãos concordam em dar tudo e fazer tudo o que o estranho pedir. Foi então que o vilão resolveu brincar um pouco com os habitantes. Começando com humildes botas de couro, a coisa foi aumentando para se tornar uma grande bebedeira! E tudo com acompanhamento do xerife que fazia questão de dizer aos pobres mercadores "é de graça!".
E lá se foi o direito a propriedade do dono do armazém e do dono do Saloon. Seus direitos se foram assim como a justiça também se foi para a moça que foi estuprada.
Tudo levado com um tom de comédia e deboche que acarretam no xerife entregando seu distintivo pro anão zueiro da cidade! Afinal, depois da justiça e dos direitos, os bundas-moles ainda tinham que deixar a democracia ir embora...
E a partir dai o vilão deita e rola nos habitantes! Confisca uma carroça só pra galera treinar tiro ao alvo, bota todos os hospedes do hotel pra fora e faz uma janta especial só pra ele e para sua convidada de honra; Callie! Que se mostra como verdadeira mulher de malandro deslumbrada com a noite especial de janta.
E lógico que a cidade cheia de bundas-moles deixou isso acontecer...
E para completar a noite, durante o sono, alguns assassinos aparecem para tentar assassinar o nosso vilão. Mas tudo se resolve rapidamente com um bom tiroteio, uma boa explosão e só um ou dois mortos...
E já que a bela Callie resolveu fugir com um dos bandidos. Então era hora da esposa do estaleiro (interpretada por Verna Bloom) ir para o quarto com o nosso vilão...
Lógico, tudo na frente dos moradores da cidade e do bunda-mole do próprio marido dela!
A pobre mulher se encolhe em um canto com uma faca nas mãos esperando pelo pior quando o vilão calmamente se deita na cama. Como se nada estivesse acontecendo...
Foi então que o nosso vilão calmamente explica para a pobre moça que adoraria servi-la, mas que precisava descansar...
Foi o necessário para que a pobre moça resolvesse se jogar para cima de nosso vilão com a faca nas mãos e abusasse dele. Uma legitima e sincera cena de amor canalha.
E não podemos nos esquecer que o marido dela, agora corno manso, ouviu tudo!
Incapaz de se defender, defender aquilo que acredita e até mesmo de defender a pessoa que amou por longos anos de sua vida.
Corno manso e bunda-mole!
Lógico que ela vai abandona-lo!
No final, ele foi pior do que os bandidos que atacaram a cidade!
Se lembram que a cidade era para ser protegida de um grupo de bandidos? Pois bem.
Para começar, eram só três bandidos, eles eram cruéis e mataram algumas pessoas para roubar cavalos e chegar a cidade. Só que se depararam com uma desagradável surpresa.
A começar, a cidade estava toda pintada de vermelho e a placa que dizia o seu nome foi mudado para Inferno!
Os bandidos imediatamente adentram a cidade, que tem até faixa de "bem-vindos". Arrastam o antigo xerife pelas ruas enquanto os habitantes tentam atirar nos três bandidos. Três habitantes foram impiedosamente mortos e o resto foi reunido no velho Saloon.
Mas e o nosso vilão?
Ele sumiu durante o dia e só apareceu durante a noite. Fazendo questão de capturar um dos bandidos e chicoteá-lo até a morte. Uma boa e demorada surra com um grande chicote...
E assim começa o embate final entre O Estranho Sem Nome e os outros dois vilões do filme.
E eu não vou contar o final só pra deixar todos os meus 5 leitores com vontade de ver o filme mesmo!
Mas encerro explicando que o filme é a síntese de como a bunda-molice pode ser prejudicial para toda uma sociedade. Nosso vilão é carismático, eventualmente faz algo de positivo e o seu objetivo era nobre. Mas as suas ações foram baixas e brutais! O filme obriga o espectador a exercitar o seu senso critico.
E sem o seu senso critico, você acaba feito um bunda-mole que pode vir a achar que facínoras como Lampião ou Chê Guevara são heróis.
Aqui o velho Clint interpreta um vilão tão ou mais cruel do que Scarface ou Michael Corleone. Com a diferença de que ele não precisou montar uma máfia para exercitar as suas ações. Assim como ele também tem momentos de educação, bondade e bom humor com algumas pessoas, ele é carismático e o publico tem que lidar com isso...
Aqui o velho Clint interpreta um vilão tão ou mais cruel do que Scarface ou Michael Corleone. Com a diferença de que ele não precisou montar uma máfia para exercitar as suas ações. Assim como ele também tem momentos de educação, bondade e bom humor com algumas pessoas, ele é carismático e o publico tem que lidar com isso...
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