domingo, 9 de novembro de 2014

Aquele velho romantismo machista


 

   Todos os meus 5 leitores devem ter lido em meus textos que as feministas a-d-o-r-a-m negar as coisas boas vindas dos homens. Sejam vindas do trabalho arduo e do próprio sentido natural que os homens tem sobre masculinidade ou sejam as coisas boas vindas de seus estudos sobre si mesmos. Como o ato de pensar, questionar o mundo, criarem escolas de pensamento e até o ato de desenvolverem valores que consideramos como bons. Pois bem...

   Quando falamos que o cavalheirismo é a única parte do machismo que as feministas não abrem mão, esquecemos muitas outras coisas boas. Então por isso vou contar algumas histórias antigas que mostram de onde veio aquele cavalheirismo machista. Algo chamado de romantismo que guiou algumas das mais belas histórias e atitudes em todos nós.


   Não é segredo para ninguém que eu não aceito as definições que as feministas tem sobre o machismo e sobre a minha própria pessoa. Mas também, se elas negam que um homem possa entender perfeitamente as pessoas a sua volta e produzir obras imortais que conversam atemporalmente com todos nós de todos os gêneros e sexualidades, então quem são elas para falarem sobre o que é ser um homem?

   William Shakespeare foi um poeta e dramaturgo merecidamente conhecido como o maior escritor da língua inglesa. Suas peças e livros conversam até hoje com todos os seus leitores sobre os assuntos mais profundos que o ser humano tem dentro de si. Romeu e Julieta é considerado um clássico absoluto e seu livro também tem outro triunfo quase desconhecido. Foi inspirado em uma rixa real e violenta de duas famílias e também foi responsável por fazer as duas famílias rivais acabarem com o derramamento de sangue. contando a história de dois jovens de famílias rivais que se apaixonam perdidamente. O texto de Shakespeare é cheio do mais absoluto romantismo e seu final trágico foi feito para as pessoas refletirem.

APRENDI
Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto. 

Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las. 

Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos. Que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando. 

Eu aprendi... Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida. Que por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho. 

Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei. 

Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles. Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem. 

Aprendi que perdoar exige muita prática. Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso. 

Aprendi... Que nos momentos mais difíceis a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas. 

Aprendi que posso ficar furioso, tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel. Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso. 

Eu aprendi... que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, que eu tenho que me acostumar com isso. Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro. 

Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso. 

Eu aprendi... Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto. 

Aprendi que numa briga eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver. Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem. 

Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida. 

Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes. 

Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio. 

Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério. E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos. 

Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre. 

Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.

William Shakespeare


Siegfried e Brunhilda...
   Se tu conheces a história do nobre cavaleiro que arrisca a vida para salvar uma donzela do dragão, então tu conheces a história de Siegfried e Brunhilda. Da saga germânica sobre os Nibelungos descrita em um poema épico de 1200, Siegfried é o nobre cavaleiro capaz de atravessar meio mundo, de enfrentar o dragão Fafnir e atravessar o circulo de fogo para resgatar a donzela Brunhilda.

  Apesar do romance entre Siegfried e Brunhilda, ambos são enganados pela mágia de Cremilda e forçados a se casarem com outras pessoas. Mas quando Brunhilda descobre isto, decide matar Siegfried. Porém, arrependida de seu crime, Brunhilda se joga em sua pira funerária...

   Assim como cada civilização antiga criou seus próprios heróis, também foram criadas histórias que mostram as pessoas vivendo e se entregando a grandes amores. Já que o romantismo é a expressão do que entendemos como a família.

   Parte da obra de Richard Wagner, a cavalgada das Valkirias é considerada a obra de arte dentro da obra de arte. Só para mostrar a grande importância da lenda dos Nibelungos...

Krishina representa a oitava encarnação de Vishnu, é considerada como a mais importante.
Radha é a sua mais amada amante pois os dois não poderiam se casar.
Os dois em um Krishina e Radha incorporam o princípio tântrico dos dois aspectos do divino masculino e feminino que, juntos, formam o Uno.
Krishna é também considerado o deus da alegria e da vitória. E sua história mostra o velho romantismo que a humanidade deu aos deuses. O principio de que um homem e uma mulher se completam.Radha foi amiga de infância e cônjuge de alma de Krishna e os dois foram inseparáveis como namorados e mais tarde, como amantes. 

Esse foi um amor escondido da sociedade, e deu a Radha o status de uma mulher casada. 


Eles tiveram seus momentos de amor, paixão e ódio - como qualquer casal de amantes. Krishna teve que deixar Vrindavan com Radha, para assegurar que os ideais de verdade e justiça fossem estabelecidos, mas no processo tiveram que deixar o ideal do amor pessoal. 

Ele tornou-se um rei, destruiu inúmeros inimigos e casou mesmo várias vezes. E ainda assim Radha permaneceu esperando por ele até ele voltar para ela. Seu amor por Krishna é considerado tão divino e puro que Radha por si só obteve o status de divindade, com seu nome sendo inseparavelmente ligado ao de Krishna. 

A maior parte das imagens de Krishna são consideradas completas quando Radha aparece ao seu lado. 

A palavra Radha significa "a maior adoradora de Krishna". Nenhuma outra gopi em Vrindavana tem nome tão significativo quanto Radha. É claro, todas as gopis de Braja amam e dão prazer a Krishna. 

De qualquer forma, comparada com o oceano de amor de Radha por Krishna, as outras gopis são meros rios, piscinas e baldes. Assim como o oceano é a fonte original de toda a água encontrada nos lagos e rios, similarmente o amor encontrado nas gopis, e todos os outros devotos têm em sua origem Radha sozinha. Desde que o amor de Radha é o maior, ela dá o maior prazer para Krishna.


Orfeu e Euridice
   A história de Orfeu e Euridice é uma história de amor jovem que acaba em tragédia quando Euridice morre cedo demais. Fugindo do estupro de Aristeu. Orfeu então, lamentando sua morte, consegue ir até o mundo inferior dos mortos para resgata-la. Sua canção de lira convenceu o barqueiro do Caronte, acalmou o cão Cerbero e fez até mesmo Hades chorar lagrimas de ferro.
   Tudo para resgatar a sua amada.

   Davi e Jônatas
   Um romance gay e bíblico num blog machista?
   Sim, afinal, o sentido que a humanidade passou a compreender sobre romantismo e amor não tem preconceitos.

   Davi, também conhecido por matar Golias e se tornar um dos mais conhecidos Reis de Israel teve sim um romance homossexual. Porém, não sem haver tragédias.
Uma história de amor fadada a tragédia pois Jônatas deveria honrar o desejo de seu pai Saul e matar Davi., Mas Jônatas se negou a assassinar Davi. Que foi perseguido e teve que lidar com a rivalidade e o perigo politico de sua época. 

E Jônatas o anunciou a Davi, dizendo: 
- Meu pai, Saul, procura matar-te, pelo que agora guarda-te pela manhã, e fica-te em oculto, e esconde-te. 
1 Samuel 19:2  
E disse Jônatas a Davi: 
- Vai-te em paz; o que nós temos jurado ambos em nome do Senhor, dizendo: O Senhor seja entre mim e ti, e entre a minha descendência e a tua descendência, seja perpetuamente.
1 Samuel 20:42 
E Davi responde: 
- Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; Quão amabilíssimo me eras! Mais maravilhoso me era o teu amor do que o amor das mulheres
II Samuel 1:26

   Lógico, não estou tentando criar brigas e rixas entre mim e todos os meus 5 leitores. Mas estou chamando a atenção para o fato de que homens são extremamente românticos e que o amor é demonstrado por um conjunto de atitudes celebradas no mundo todo. Desde a pré história que homens que amam estavam dispostos a enfrentar desafios intransponíveis por amor.

  Seja o de enfrentar uma rixa familiar violenta, o preconceito ou até mesmo um dragão. O romantismo como expressão da afeição que um ser humano pode ter para com outro foi e ainda é o maior meio de conquista de direitos iguais.

   Apenas mostro o fato de que homens podem ser tão naturalmente românticos quanto as mulheres. E as vezes podem ser mais melosos que as novelas escritas por mulheres.

   O homem guerreiro terrível também pode ser o poeta amável e o musico de obras imortais.
   Faz pensar, né?

   E onde estaria a humanidade se os homens, tão brutos, machistas e desajeitados, não fossem capaz de amar também?

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